Soprano Elisabete Matos protagoniza a ópera "La Gioconda"
A ópera sobe ao palco do S. Carlos nos 13 e 15 de maio, às 20:00, e no dia 17, às 16:00. Além da soprano portuguesa, fazem parte do elenco, as meio-sopranos Mariana Pentcheva e Maria Luísa de Freitas, os baixos Luiz Ottavio Faria e João Oliveira, os tenores Mario Malagnini e Marco Alves dos Santos, o barítono Luis Cansino e o barítono Manuel Rebelo.
A Orquestra Sinfónica será dirigida Antonio Pirolli, maestro italiano que se tem especializado em obras operáticas e sinfónicas do século XIX, e recentemente dirigiu as óperas de Giacomo Puccini "Tosca", em Florença, e "Turandot", em Verona.
Elisabete Matos cantou no S. Carlos no concerto de Ano Novo, em janeiro de 2012, e a sala lisboeta fez parte do roteiro das celebrações dos seus 25 anos de carreira, no ano passado, a par de salas de concerto de Madrid, Nova Iorque, Los Angeles, Viena, Toulouse, Nápoles e Palma de Maiorca.
Ao longo da carreira, a cantora pisou os palcos do Gran Teatre del Liceu, em Barcelona, do Teatro Reggio, em Turim, do São Carlos, em Nápoles, da Arena de Verona, e de salas de ópera como as de Nice, Reno, Toulon e de Roma. Atuou igualmente no âmbito do Festival de Salzburgo, entre outros.
Em 2000 recebeu um Grammy Latino pela gravação de "La Dolores", de Tomás Bretón. Em 2010, estreou-se na Metropolitan Opera House, de Nova Iorque, como protagonista de "La Fanciulla del West". Um êxito que a cantora afirmou à Lusa que nunca esquecerá: na segunda parte foi várias vezes interrompida por aplausos do público e, no final, aplaudida de pé durante vários minutos.
No ano passado estreou-se no Grande Teatro Nacional da China, em Pequim, protagonizando "Turandot", papel que à Lusa afirmou ser aquele que "talvez melhor se adeque" às suas capacidades vocais.
A ópera "La Gioconda" estreou-se em abril de 1876, no Alla Scala de Milão, com grande sucesso, afirma em nota o TNSC que defende que o legado de Amilcare Ponchielli "merece mais estudo e divulgação".
Ponchielli é o "compositor mais importante da geração que entremeia as de Verdi e de Puccini", atesta o TNSC.
"La Gioconda" é, segundo a mesma nota, a única que permaneceu no repertório operático, entre as nove que compôs, "mas em todas elas são patentes um genuíno instinto dramático, uma veia melodista admirável e a capacidade de se apropriar de estilos musicais mundanos sem cair na vulgaridade".
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